Bom dia meu irmão e minha irmã!
Hoje a Igreja Católica celebra Nossa Senhora das dores. No dia da apresentação de Jesus no templo, Maria ouviu a dura profecia de Simeão: “Este menino será sinal de contradição e uma espada de dor vai lhe transpassar a alma”(Lc 2,35). Realmente, Maria participa da obra redentora do seu filho Jesus, e isso é atestado pelo discípulo João, que a recebe em sua casa e é autor do evangelho de hoje. A imagem da Pietá de Michelangelo resume e expressa bem a festa que a Igreja celebra no dia de hoje.
A Igreja não celebra N. Sra. das dores para exaltar as dores de Maria, mas sim como e porque ela enfrentou as dores. Em primeiro lugar, a Virgem das Dores é celebrada porque ela é a mãe do Salvador. Sofreu movida pelo amor a Deus e à humanidade toda. Trata-se de um sofrimento decorrente da sua opção fundamental de amor a Deus e aos seus filhos. Em segundo lugar, Maria não colocou o sofrimento na frente do amor, mas sempre o amor, como força, para vencer os obstáculos. Deixou-se guiar pelo amor e não pela dor. Acolheu os sofrimentos e a dores como partes da sua opção fundamental para Deus e para a humanidade. Não foi dobrada pela dor, mas elevada pelo amor. Por isso, permaneceu de pé mesmo diante da crucificação do seu Filho Querido.
Jesus mesmo apresenta a sua mãe como mãe de todos nós, isto é, como co-redentora da humanidade. Na pessoa do discípulo amado estava representada toda a humanidade. Ao dizer: “Mulher, este é o teu filho” e depois: “Filho esta é a tua mãe”, Jesus estava falando que somos filhos de Maria e que ela é a nossa mãe. Sendo nossa mãe, devemos levá-la para casa como fez São João. Levá-la para casa a fim de que nos eduque para Deus e para o serviço dos irmãos e das irmãs, mesmo que nos custe algum tipo de sofrimento ou perseguição. Levá-la para casa para que tome conta de nós e nos ensine a enfrentar o sofrimento com a dignidade de filhos e filhas de Deus e de Maria e não como derrotados.
Peçamos a Nossa Senhora das Dores que nos ensine a buscar os valores do Reino de Deus, mesmo que essa escolha implique diversos tipos de sofrimentos. Que possamos assumir as dores e sofrimentos como oportunidades para participar do projeto redentor de Jesus e não como castigos de Deus!
Um abraço fraterno a você que nos lê e decidiu viver movido pelo amor a Deus e aos irmãos, mesmo que implique dores e sofrimentos.
Pe. Arlindo Toneta – Pároco - Paróquia N. Sra. do Rosário de Pompéia – SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário