segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comentário - 17/10

Bom dia  meu irmão e minha irmã!
Este texto do Evangelho mostra um pouco que o ser humano procura terceirizar a sua responsabilidade. Neste caso, a pessoa procura envolver Jesus na partilha da herança familiar. Jesus devolve ao pedinte a responsabilidade de partilhar os seus bens. Em outras palavras, Jesus está dizendo que os homens possuem a capacidade de repartir os seus bens com equidade e equilíbrio, sem a ajuda de terceiros.
Quantas vezes pessoas procuram o padre ou algum psicólogo na esperança que os ajudem a resolver os seus problemas. Na conversa muitos procuram envolver-nos para que nós tomemos as decisões por eles. Parece que possuem dificuldade de assumir a responsabilidade dos seus atos e decisões. Devemos pedir a Deus a sabedoria de nunca assumir a responsabilidade que é do outro. Não podemos ser “bonzinhos” ou bobinhos.  É fundamental devolver para ele a responsabilidade que é dele e que o fará senhor dos seus atos e não uma eterna criança.
Por outro lado muitas pessoas procuram envolver Deus nas suas decisões. A princípio, acredito eu, que é fundamental permitir que Deus participe das nossas decisões. Aliás, ele se fez homem para participar da nossa vida. O que não podemos é encarregá-lo de tomar as decisões que nos cabem. Por exemplo, repartir os nossos bens temporais.
Lembro-me de um indivíduo que encontrei no hospital durante uma visita que fazia aos enfermos. Ele afirmava que não iria acreditar em Deus enquanto houvesse pobres e ricos na face da terra. Notemos que, por ignorar a verdade do Evangelho de hoje, ele havia encarregado Deus de fazer a partilha dos bens entre os seres humanos. Com essa atitude de culpabilizar a Deus, ele se sentia inocente diante das misérias do mundo, quando na verdade, não era tão inocente.
Jesus mostra através de uma parábola que a nossa busca de segurança naquilo que não nos dá a verdadeira segurança é a causadora de tantos desequilíbrios entre pobres e ricos, na face da terra. Revela que muitos são pobres de Deus e por conta disso, criam falsas seguranças na concentração de bens, mesmo que a custa do empobrecimento de muitos. Com a iminência da morte sentem o fracasso rondar, pois os bens concentrados não podem partir com eles.
Quero expressar a minha alegria pelo 128° ECC realizado neste fim de semana no Colégio Sagrado Coração de Jesus. Mais 36 casais estiveram conosco procurando a riqueza maior, isto é, Jesus Cristo. Quantas maravilhas o Senhor realizou no coração dos encontristas e dos encontreiros, que se envolveram nesse evento! Parabéns a vocês todos, meus queridos paroquianos, que procuraram enriquecer-se um pouco mais de Deus, a fim de poder agir melhor na vida quotidiana.
Peçamos a graça de sermos ricos de Deus e consequentemente sabermos repartir os nossos bens, sem as concentrações supérfluas e desnecessárias.
Um abraço fraterno a você que nos lê e procura Deus para inspirá-lo em todas as suas ações.
Pe. Arlindo Toneta – Pároco – Paróquia N. Sra. do Rosário de Pompéia - SP

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