terça-feira, 18 de outubro de 2011

Comentário - 18/10

Bom dia meu irmão e minha irmã!
A nossa Igreja celebra hoje o nosso querido evangelista Lucas. É o evangelista da sensibilidade mais fina. Reporta detalhe que somente ele traz. Por exemplo a parábola do Filho Pródigo, ou melhor, do Pai Misericordioso. A  parábola do Bom Samaritano, onde mostra o papel do médico e de todo o cristão. Por ser médico, o seu autor, é sensível a todos os pacientes que o procuram, não importando a religião, deixa essa mesma marca escrevendo um Evangelho de caráter universal, isto é, objetivando a salvação de todos e não apenas de alguns grupos, como é o caso específico do Evangelho de Mateus, que visa, particularmente, confirmar os judeus.
No texto de hoje, Jesus aparece escolhendo e enviando mais 72 discípulos. A princípio, ele escolhe os que vai enviar. Qual o critério que usou para escolher? Não sabemos. O fato é que escolheu aqueles que ele quis. Da mesma forma, ele continua escolhendo hoje aqueles que ele quer. Com certeza, ele usa de algum critério para escolher. Talvez a disponibilidade e a vontade de servir? Acredito que conta demais o encantamento pela sua pessoa e proposta de vida. Os que são surdos ao apelo de Deus, mesmo que escolhidos, não conseguem responder.
Ele escolhe e envia aonde ele devia ir, isto é, vão em nome de Jesus e não em nome próprio. Quem vai em nome dele, apresenta em primeiro lugar o rosto e a proposta de Jesus e não a sua proposta pessoal. Sendo assim, vai na confiança daquele que o enviou. Não se preocupa muito com a segurança pessoal, apesar dos lobos que pode encontrar na missão. Deposita total confiança em Jesus. Por isso, parte sem maiores apegos a coisas, a dinheiro e alimentação. Parte na segurança de que aquele que o enviou estará com ele até o fim dos tempos (cf Mt 28,20).
Ele envia de dois em dois. Por que será que envia de dois em dois? Ele envia dessa forma para que um apóie o outro nos momentos mais difíceis da missão. A missão implica dificuldades, lobos e outros desafios. Por isso, importa que um sustente o outro, na caminhada. Imaginemos aqui como o marido e esposa, podem ser suporte, um para com o outro, na perseverança e santificação da família, sobretudo nos revezes da vida! Os casais são escolhidos por Deus e enviados a santificar a família e a sociedade.
Além disso, ele envia de dois em dois para dizer que não são dois que estão aí, mas três. Onde dois são reunidos em meu nome eu estarei no meio deles. Portanto, os dois mais Jesus estão partindo em missão, isto é, três. É uma comunidade que evangeliza e não apenas um indivíduo.
Ele escolheu 72 discípulos para enviá-los aos 72 países, conhecidos da época. Entendemos, claramente, o desígnio de Deus que Jesus e o seu Evangelho sejam conhecidos por todos os povos e não apenas por alguns. Dando seqüência a esse projeto missionário, Jesus continua preparando discípulos a fim de enviá-los em missão a todas as gentes. Chama, particularmente, a todos os que fizeram experiência dele para que partam em missão. Partam para curar os doentes e anunciar que Ele está próximo de cada filho e de cada filha. Se alguém abrir a porta Ele entrará e fará festa com a pessoa (cf Ap 3,20).
Peçamos a graça de sermos discípulos sensíveis ao chamado de Jesus. Peçamos a graça de confiarmos naquele que nos enviou apesar dos lobos que procurarão a nossa ruína.
Um abraço fraterno a você que foi escolhido para a missão de ajudar na santificação da família e do mundo.
Pe. Arlindo Toneta – Pároco – Paróquia N. Sra. do Rosário de Pompéia - SP

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